A Tecnologia Pode Ajudar as Florestas Tropicais?

Novo programa de inteligência artificial ajuda a fazer florestas florescerem.

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Dez por cento das espécies do mundo vivem na floresta amazônica, de acordo com a Popular Mechanics, incluindo algumas das criaturas mais interessantes e únicas da Terra. Além disso, algumas espécies nativas da Amazônia beneficiam diretamente os humanos. Se você gosta de chocolate, baunilha e café, você se beneficiou das plantas amazônicas.

Ainda mais importante, a floresta amazônica mantém nosso ar limpo e respirável. Por meio da fotossíntese, a vibrante flora amazônica purifica o dióxido de carbono do ar, liberando seis por cento do oxigênio do planeta.

Cientes do seu tremendo impacto no planeta, ativistas estão trabalhando para conter o desmatamento. Um novo algoritmo que prevê quais áreas correm maior risco de destruição de habitat ajuda os defensores da Amazônia na luta contra o desmatamento.

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Estradas arriscadas

Mongabay explica que a Rodovia Transamazônica é uma estrada que atravessa a Floresta Amazônica. A partir dessa rodovia oficial, ramificam-se cerca de 3,2 milhões de quilômetros de estradas não oficiais, muitas construídas ilegalmente por madeireiros, garimpeiros e moradores de assentamentos não autorizados.

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Pesquisadores estimam que quase metade da floresta tropical possui uma dessas estradas, que Carlos Souza Jr., pesquisador que monitora a Amazônia, chama de “artérias da destruição”, em um raio de 9 quilômetros.

“As estradas são abertas para extração de madeira, e as ramificações se espalham a partir da linha principal, onde ficam os caminhões e o maquinário pesado”, acrescentou Souza em um comentário à Mongabay.

Thaise Rodrigues, analista de geoprocessamento, elaborou ainda mais: “Quando uma grande massa de floresta é rompida, ela se torna vulnerável. As estradas causam fragmentação, o que intensifica o desmatamento”. Além de desmatar a floresta, acrescentou Rodrigues, as estradas facilitam a mineração e a exploração madeireira ilegais e não autorizadas, levando a uma maior degradação ambiental.

Dados Manuais

A organização brasileira sem fins lucrativos de conservação Imazon publicou um estudo mostrando que 95% do desmatamento ocorreu em um raio de cinco quilômetros das “artérias da destruição”. Além disso, 90% dos incêndios florestais ocorreram em estradas ilegais na Amazônia.

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Isso torna a localização dessas estradas fundamental para prevenir o desmatamento e os danos. No entanto, em uma floresta tropical com 2,5 milhões de hectares, isso é mais fácil de dizer do que de fazer. Anteriormente, ativistas analisavam manualmente imagens de satélite para localizar essas estradas. Eles também registravam as consequências do desmatamento. Mas agora, a tecnologia pode ajudar os ativistas a se tornarem mais proativos.

Um algoritmo pode ajudar?

O Inside Science detalha que pesquisadores do Imazon alimentaram os dados manuais em um algoritmo de inteligência artificial, desenvolvido em conjunto com a Microsoft, para treiná-lo a encontrar estradas não autorizadas. O programa prevê onde pode haver estradas, com cerca de 70% de precisão. Seus resultados são então confirmados por pesquisadores usando imagens de satélite.

De acordo com o site do Imazon, a ferramenta, chamada PrevisIA, analisou dados relacionados a estradas, áreas protegidas, topografia, rios, dados socioeconômicos e infraestrutura urbana e ajudou os pesquisadores a produzir um mapa mostrando os 24.000 quilômetros quadrados com maior risco de desmatamento futuro.

O mapa e as estatísticas do PrevisIA podem ajudar os governos a canalizar esforços de prevenção do desmatamento para áreas ameaçadas. A esperança é que, ao identificar as áreas com antecedência, políticos e ativistas possam tomar medidas proativas contra as estradas ilegais e prevenir o desmatamento antes que ele aconteça.

De acordo com a Mongabay, o presidente da Microsoft para a América Latina, Rodrigo Kede Lima, confia na capacidade do PrevisIA de causar impacto. “Por meio de algoritmos inteligentes na nuvem, conseguimos prever o desmatamento e os incêndios florestais antes que aconteçam”, explicou ele no lançamento da plataforma. “Este é um dos maiores exemplos de que a tecnologia pode ajudar a construir um mundo melhor.”

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Fonte: Goodnet Foto: Pexels, Pixabay

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